quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Relato - Resistir Para Existir II

O que? Você perdeu o Resisitr II?
Nossa.. que vacilo hein? Mas tudo bem, você pode ler o relato de uma gafiana e descobrir como foi!
Mas vê se não faz isso de novo hein! Fica ligadx
!


RESISTIR PARA EXISTIR II

Depois da realização do Resistir para Existir I, em novembro de 2007 na Universidade Federal de Santa Catarina, o Grupo de Ação Feminista – GAFe, sentiu a necessidade de levar as discussões para a descontrução dos papéis de gênero para outros lugares de Florianópolis. O Resistir para Existir II aconteceu no dia 28 de setembro de 2008 no salão da capela São Sebastião no bairro do Campeche.

Mais uma vez o evento exigiu bastante colaboração d@s participantes. O dinheiro utilizado para o pagamento de cartazes, material e lanche foi conseqüência das vendas da camiseta e do brechó realizado pela GAFe nos meses anteriores.

A ajuda das moradoras do Campeche também foi fundamental. O espaço foi cedido com muita boa vontade e disposição. Achamos extremamente importante agradecer mais uma vez e demonstrar nossa felicidade pelo sucesso da realização dessa atividade.O espaço do salão da capela era bem grande, com várias cadeiras, cozinha, mesas e acomodou confortavelmente tod@s participantes. Além disso, ficava em um pracinha silenciosa com uma vista muito bonita para o mar.

O evento começou no domingo por volta das 15 horas e iniciou com a apresentação da ginecologista Maria Inês, já conhecida entre @s gafean@s por sua participação no Resistir para Existir I. Novamente, a Dra. Inês se mostrou muito competente no seu trabalho e capaz de adequar sua fala ao público do Campeche. Com maquetes do sistema reprodutor feminino e masculino, a médica mostrou o funcionamento dos corpos considerando as diferenças sexuais. Diversas dúvidas foram esclarecidas, como doenças masculinas e femininas, questões da primeira menstruação, vida sexual, menopausa e importância do diálogo entre os casais. Uma conversa espontânea aconteceu diversas vezes durante a apresentação e os resultados da atividade se mostraram imediatamente com as reflexões d@s participantes.
Após a atividade, a Dra. Inês foi muito elogiada por sua sutileza e domínio dos temas tratados. Esse cuidado da médica foi fundamental para que o assunto fluísse e não causasse nenhum tipo de má impressão n@s presentes.

Depois da oficina “Conhecendo Corpos” com a Dra. Inês, todo mundo foi aproveitar o lanchinho, com bolachas, frutas e café. Nesse momento, conhecemos quem eram as pessoas interessadas na GAFe e na atividade.
Retornamos com a exibição do curta metragem “Acorda, Raimundo acorda”. Este filme, com atores e atrizes conhecid@s, como Paulo Betti, Eliane Giardine e José Mayer, mostra uma troca de sexo entre o casal Raimundo e Marta. Situações de falta de dinheiro, conflitos familiares, trabalho doméstico, maternidade e machismo são explorados de maneira clara, e, em muitas vezes, cômica.

Após o filme diversas idéias foram expostas sobre os diferentes papéis sociais de homens e mulheres. Apesar de reconhecerem as exceções, muitas mulheres confirmaram que o machismo e a responsabilidade pelo trabalho doméstico são presentes no cotidiano da maioria das mulheres. Discutimos ainda a educação diferenciada para meninas e meninos e de como isso interfere no nosso futuro. Acredito que tod@s saíram dispost@s a lutar por uma relação mais igualitária no cotidiano, já que reconhecemos que estes papéis não são naturais, mas socialmente impostos.

Ainda exibimos o curta “Artigo Segundo” que aborda as diferentes formas de violência presente no nosso cotidiano. O filme também usa uma linguagem simples e representa como conversas e atitude aparentemente inocentes servem para reforçar o machismo.

Ficou claro entre as mulheres que temos participação ativa na perpetuação do machismo e que somos coniventes com vários discursos sexistas e preconceituosos. Após este filme, várias histórias e trajetórias de vida foram contadas e a diferente idade d@s participantes permitiu uma comparação entre os dias de hoje e décadas anteriores. O Resistir para Existir II terminou por volta das 19h30min.

Por fim, acho que o mais importante é que a atividade tenha ajudado a tod@s a buscar relações familiares, profissionais e cotidianas mais igualitárias, porque como foi falado na atividade, o feminismo não é o contrário do machismo, mas uma luta constante e árdua pela igualdade.

O GAFe agradece muito a boa vontade de tod@s @s participantes , da Dra. Inês, sempre ajudando o grupo, a Dona Jupira, moradora do Campeche, que participou da atividade e teve que dedicar todo seu domingo, a tod@s e tod@s da GAFe que ajudaram se estressando, dando caronas, tirando fotografias, carregando coisas e tudo mais. Valeu a tod@s!!!
MAIS FOTOS -> http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/09/429453.shtml

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